intensivo

da noite de quarta à noite de quinta fui ao cinema três vezes. “caramelo” + “home” + “a partida“.

noite de quarta, depois do cinema: vinho e jantar com amiga. noite de quinta, antes do cinema: vinho e jantar com outra amiga. aperfeiçoamentos da sexta passada, sem jantar e sem cinema, mas com vinho e amigo.

parafraseando oscar wilde, com liberdade, noites de outono, amigos, cinema e vinho, quem não seria inteiramente feliz?

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nota: a frase de oscar wilde é: “com liberdade, flores, livros e lua, quem não seria inteiramente feliz?”. quando estive na irlanda, no inverno, lembrei desse fragmento e pensei que não foi por acaso que ele deixou de citar o sol. para alguém que viveu em dublin, londres e paris, incluir o sol na lista seria limitar demais os momentos de felicidade plena.

moral da estória: aprenda a perceber as dádivas ao seu redor e não se fixe nas ausências. alguma coisa sempre falta pra todo mundo. e se você viver o inverno lamentando a falta de calor, vai virar um chato insuportável e, no fim das contas, nem vai notar a chegada da primavera.

dialogando com woody allen

comprei na travessa a caixa volume 1 da coleção woody allen. vem com “annie hall”, “manhattan”, “tudo que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar” e “a última noite de boris grushenko” (este último foi o filme que me fez ler dostoiévski. está no meu top 5 allen com certeza).

lembrei de uma conversa de bar sobre cinema. não sei quem (acho que o roberto, mas pode ter sido a mari)  definiu o woody allen como um grande fazedor de diálogos acima de tudo. depois de rever os filmes, algumas notas mentais:

1 – putz, ele é um fazedor de diálogos foda.

2 – parei para pensar em alguns filmes com ótimos diálogos e de repente eles me pareceram referências diretas a woody allen.

3 – senti nervoso da julie delpy porque cheguei a conclusão de que a celine de before sunset é uma imitação da diane keaton em manhattan, com um pouco de annie hall.

4 – eu preciso aprender a escrever diálogos…